sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

O QUE DEVO TRAZER A MEMÓRIA?


Minha alma, continuamente, os recorda e se abate dentro de mim. Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. As misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade. A minha porção é o SENHOR, diz a minha alma; portanto, esperarei nele. Bom é o SENHOR para os que esperam por ele, para a alma que o busca. Bom é aguardar a salvação do SENHOR, e isso, em silêncio. Bom é para o homem suportar o jugo na sua mocidade. Assente-se solitário e fique em silêncio; porquanto esse jugo Deus pôs sobre ele; ponha a boca no pó; talvez ainda haja esperança. Dê a face ao que o fere; farte-se de afronta. O Senhor não rejeitará para sempre” Lamentações 3.21-31



            O que devemos ter em mente para este novo ano? Muitos começam a virada com muita alegria e juramentos, mas nada muda.
            Para muitos a virada é sempre mais uma virada e nada a mais.
            Há pessoas que depois de tanto tempo de sofrimento ou de dificuldades, que acabam não tendo mais esperança e ficam duras ou acostumadas com a desesperança e não conseguem ilhar além.
            Jeremias também esteve assim. Ele estava oprimido, aflito, cansado, não só ele, mas toda a nação de Judá.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

DECEPCIONADOS COM A IGREJA

Venho pensando nos últimos dias sobre aqueles que estão decepcionados com a Igreja. Ao mesmo tempo em que vemos um crescimento no cenário evangélico brasileiro também vemos o número de decepcionados aumentarem. Muito estão feridos a ponto de não quererem nem ouvir o nome igreja evangélica ou a placa de determinada denominação, há também aqueles que por desculpas para fugir da igreja se diz ferido por qualquer coisa. Mas é fato que muitos estão feridos e decepcionados com a igreja. Quantos se doaram ou doaram para Igreja e foram chutados de alguma maneira. Quantos filhos de pastores choram ao verem seus pais sofrendo no ministério, quantas esposas de pastores estão decepcionadas e cansadas de viverem um estereotipo que não são na verdade, quantos pastores estão sofrendo após serem escorraçados de suas igrejas e muitas vezes nem tendo para onde irem; sendo que são teólogos, mas não tem um titulo reconhecido pelo MEC. Quantos que tinham determinado pastor como um ícone e quando veem suas fraquezas também se decepcionam, pois o pastor não é um superman, e muitos destes também se decepcionam.
Muitos, pelas suas decepções, acabam abandonando a igreja de Cristo, porém outros montam seus ministérios e se intitulam os lideres que assim eles sejam os chefes, para não sofrerem mais.
       Quando penso nestas decepções, penso em dois homens da Bíblia que também sofreram grandes decepções pela igreja de Cristo, mas que tinham o foco correto.
            Primeiramente penso em Moisés, talvez o maior líder do Antigo Testamento, foi usado pelo Senhor para ser o libertador do povo escolhido de Deus do Egito, por meio de Moisés, Deus fez maravilhas como:  mandando as dez pragas no Egito, abrindo o mar vermelho, dando agua e o maná no deserto, porém o povo ainda se revoltou contra Moisés. Mais de uma vez, este mesmo povo tentou apedreja-lo, ele foi motivo de fofoca para seus irmãos no entanto, foi alguém que intercedeu pelo seu povo a ponto de pedir para Deus riscar seu nome do livro da vida. Moisés foi um grande Líder, tinha tudo para se decepcionar com o povo de Deus, e com o seu chamado, mas vejamos o que a Palavra de Deus diz sobre ele:
24 Pela fé, Moisés, quando já homem feito, recusou ser chamado filho da filha de Faraó,  25 preferindo ser maltratado junto com o povo de Deus a usufruir prazeres transitórios do pecado;  26 porquanto considerou o opróbrio de Cristo por maiores riquezas do que os tesouros do Egito, porque contemplava o galardão”. Hebreus 11.24-26
Moisés foi alguém que abriu mão de toda sua glória, preferiu ser maltratado, do que usufruir dos prazeres do Egito, ele preferia a vergonha, injuria, opróbrio de Cristo, maior riqueza, Moisés, tinha os olhos na eternidade e Cristo era quem o satisfazia.
Também penso no apostolo Paulo, de perseguidor da igreja a apóstolo dos gentios, não foi aceito na igreja de Jerusalém, plantou igrejas que depois o questionaram, foi apedrejado, açoitado, tinha um espinho na carne. Terminou sua vida praticamente sozinho, mas ele tinha os olhos em Cristo, vejamos o que ele disse;
Quanto a mim, estou sendo já oferecido por libação, e o tempo da minha partida é chegado.  7 Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé.  8 Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda.” II Timóteo 4.6-8.
Paulo era um homem que tinha os olhos em um prêmio muito maior, a coroa da justiça. Ele apesar de sozinho e saber que seria morto, ele olha para trás e vê que completou a carreira para a qual o Senhor o chamou e que guardou a fé.
Poderíamos falar de muitos outros que sofreram por causa da igreja, mas que mantiveram seus olhos fixos em um premio maior, no autor e consumador da nossa fé, Jesus Cristo.
Sofrimentos, calúnias, decepções, espinhos, sempre estarão nos nossos caminhos se desejarmos servir tão somente a Deus, assim como aconteceu com Moises e Paulo. Muitas vezes virão de dentro das igrejas, assim como foi com eles. Mas temos que manter nossos olhos em Cristo, assim como também fizeram, e sabermos que nosso coroa que esta reservada é muito maior e melhor do que qualquer premio aqui neste mundo.
Igreja é divina, uma instituição criada por Deus, e que tem Cristo como cabeça, mas tem falhas, pois dentro dela está cheia de homens. Quando penso em igreja, penso na história dos porcos espinhos.
Durante a era glacial, muitos animais morriam por causa do frio.
Os porcos espinhos, percebendo esta situação, resolveram se juntar em grupos, assim se agasalhariam e se protegeriam mutuamente.
Mas os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que forneciam calor. E, por isso, eles tornaram a se afastar uns dos outros, voltando assim a morrer congelados.
Precisavam fazer uma escolha urgentemente. Desapareceriam também da face da terra morrendo todos congelados, ou aceitavam os espinhos de seus semelhantes?
Com sabedoria, decidiram voltar e ficar juntos. Aprenderam assim, a conviver com as pequenas feridas que uma relação muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor um do outro.
Sobreviveram...

E lembrem-se disso, O melhor relacionamento não é aquele que reúne membros perfeitos, mas aquele onde cada um aceita os defeitos do outro e consegue perdão pelos próprios defeitos.

            No amor e pela causa de Cristo

Davi Helon de Andrade

sábado, 26 de novembro de 2011

O DE QUE NUNCA DEVEMOS NOS CANSAR!



Havia muita gente indo e vindo, a o ponto de eles não terem tempo para comer. Jesus lhes disse: Venham comigo para um lugar deserto e descansem um pouco” Marcos 6.31

            Você está cansado? Com certeza sim! Final de ano, Natal e Ano Novo se aproximando, e agora, nada melhor do que, de uma maneira ou de outra, alguns desfrutarem de um tempo não tão estressante.
            Descansar não tem nada de errado, é recomendável e bom, o próprio Senhor Jesus viu esta necessidade nos seus discípulos e em si mesmo, a ponto de dizer “venham comigo para um lugar deserto e descansem um pouco”.
            Mas, neste contexto, o povo viu que eles se retiraram a descansar e foram atrás:
Mas muitos dos que os viram retirar-se, tendo-os reconhecido, correram a pé de todas as cidades e chegaram lá antes deles”. (Marcos 6.33)
Muitas pessoas correram atrás do Senhor Jesus a fim de ouvi-lo e quem sabe serem curadas de suas enfermidades. O Senhor Jesus poderia dizer: “Agora é a hora do meu descanso, aliás eu trabalhei duro, curei muita gente, expulsei muitos demônios, agora nada melhor do que umas férias”. Mas não é isto que o texto nos mostra. Olha o que ele diz:
            “Quando Jesus saiu do Barco e viu a grande multidão, teve compaixão deles, porque eram como ovelhas sem pastor. Então começou a ensinar-lhes muita coisa”. (Marcos 6.34)
            O Senhor Jesus teve compaixão e uma compaixão ativa, não foi apenas de palavras, ele começou a alimentar a alma e, logo em seguida,  alimentou o corpo do povo, saciando a fome de mais de cinco mil homens (fora mulheres e crianças), que foram alimentados todos a partir de cinco pães e dois peixinhos multiplicados pelo Senhor.
            A maior lição que tiramos deste texto é que o nosso Senhor Jesus NUNCA SE CANSAVA DE FAZER O BEM, por isso, meu conselho a você é que aproveite, descanse, mas não faça disso um motivo para não fazer o bem. Que possamos ter sempre em mente o exemplo de Jesus na hora do descanso.

Davi Helon

Oração: Senhor, ensina-me mesmo cansado a estender minhas mãos e ajudar ao próximo, assim como o Senhor Jesus. Em nome de Jesus, amém.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

GRAÇA INCONDICIONAL


Perguntou-lhe Davi: Resta ainda alguém da família de Saul a quem eu mostrar a lealdade de Deus” II Samuel 9.3



            Como é bom termos a Maravilhosa Graça de Deus em nossas vidas. Graça que se manifestou salvadora em Cristo Jesus e nos ensina a viver (Tito 2.11,12). Por causa dela o pecado não tem mais domínio sobre nossas vidas (Romanos 6.14), e ela que nos mantém firmes enquanto vivemos aqui na terra (Romanos 5.2). Paulo diz que ela é todo suficiente para nossas vidas (2 Coríntios 12.9).
            Esta graça se manifestou incondicionalmente em nossas vidas, pois pelos nossos méritos seriamos incapazes de alcançá-la (Efésios 2.8,9).
            O texto bíblico acima, mostra Davi perguntando se restava alguém da família de Saul para que ele mostrasse “a lealdade de Deus”. Muitos anos atrás Davi tinha prometido a Jônatas que teria a lealdade do Senhor para com ele e sua família (I Samuel 20.14,15).  Davi lembra-se deste juramento a Jônatas e pergunta se há alguém da família de Saul para que ele possa mostrar a lealdade de Deus.
            A palavra lealdade significa no hebraico, bondade, fidelidade e graça, significa um amor incondicional.
            E Davi pergunta se há alguém da família de Saul para que, incondicionalmente, quem quer que seja, ele mostre a graça de Deus.
            Este alguém é Mefibosete, filho coxo de Jônatas.
            Davi fez uma pergunta incondicional, “Há alguém…”, ele nem sabia quem era Mefibosete, sendo que nas dinastias antigas, Davi poderia, de acordo com a Lei, matá-lo, mas não foi isto que ele fez, estendeu sua mão para Mefibosete e disse “não temas…” (II Samuel 9.7) e deu um privilégio incondicional para Mefibosete, o de comer na sua mesa e lhe restituir tudo o que era de seu avô (II Samuel 9.7-11).
            Receber a graça de Deus é maravilhoso, mas cabe a nós oferecemos esta graça ao próximo, independente de quem ele seja, temos que fazer a pergunta “Há alguém?” – com certeza há -,   estendermos a mão para esta pessoas e dizermos “não temas” e darmos lhe o prazer incondicional de comer em nossas mesas.
            Pergunte a você mesmo, a quem eu posso mostrar esta graça? Talvez a alguém que um dia lhe magoou, um dia te fez mal, alguém que está necessitando, mas lembre-se, a graça de Deus não é condicional. Que tal agir?!
Davi Helon

Oração: Senhor me ensine a mostrar sua graça às outras pessoas incondicionalmente, assim como o Senhor mostrou para mim. Em nome de Jesus, amém.            

terça-feira, 25 de outubro de 2011

INVESTINDO EM SUA FAMÍLIA



Se o SENHOR não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificamHerança do SENHOR são os filhos; o fruto do ventre, seu galardão ” Sl 127.1a,3

Um grande pregador do século 18, ainda é lembrado como um homem que temia a Deus. Seu nome era Jonathan Edward. Sua descendência foi comparada com a de um Ateu chamado Max Jukes que viveu na mesma época (1703-1758):

Jonathan                 Max Jukes                                           


13   professores Universitários                           310 morreram pobres
3     senadores                                                    150 criminosos
30   juízes                                                              7  homicidas
100 advogados                                                    100 alcoólatras
75   oficiais militares                                           Mais da metade das mulheres eram    
100 pregadores/missionários                               prostitutas.
60   autores conhecidos
1     vice-presidente                                              _________
80   oficiais públicos                                            540 custaram 1.250,000 dólares
295 formados por faculdade
       Alguns governadores de estado
___________
1394 não custaram nada ao governo.

            Esta é a descendência de uma família que temia a Deus, de um homem que investiu em sua família.
            Nós devemos investir em nossas famílias, pois ela é projeto de Deus, antes mesmo da queda do homem o Senhor havia instituído a família, ela é a instituição mais antiga do mundo. Gênesis 2.24 diz: “Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne”, e os filhos como lemos acima, são “herança do Senhor”.
            Portanto, o Senhor se preocupa com a sua família, pois ela é projeto dEle e da mesma forma que o Senhor Jesus veio para  morrer em nosso lugar e nos salvar, ele quer salvar nossas famílias e fazer delas lindas histórias.
            Não deixemos de investir em nossas famílias, oremos incessantemente por ela, para que a sua descendência seja abençoada.
            Será que temos gastado tempo em oração suficiente pela minha família? Tenho investido nela?

Davi Helon

Oração: Senhor faça do meu lar um lugar de harmonia, que a minha família seja uma família firmada no Senhor e que a minha descendência possa ser exemplo e que sirva ao Senhor Jesus em primeiro lugar. Em nome de Jesus, amém.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

O DOM DE LÍNGUAS - Final - I Coríntios 14.26-39 e Conclusão

Davi Helon de Andrade




4          A ORDEM DO CULTO COM RELAÇÃO AS LÍNGUAS (14.26-39)
                         
            Naquela época até que não viesse o juízo sobre Israel, era necessária a ordem no culto, com respeito às línguas, e se mesmo hoje ela se manifestar como foi dito acima em um trabalho missionário como algo temporário para simbolizar juízo sobre determinado povo ou lugar, ela precisa de ordem.
            Paulo fala agora sobre a ordem do culto.

1.      Edificação: O culto deve ser feito para a edificação da Igreja. (26)
2.      Salmo: A palavra Salmo significa “um cântico entoado com acompanhado de instrumento[1]”. Provavelmente um cântico entoado por alguém, era comum nas sinagogas (Mt 26.30).
3.      Doutrina: Este elemento provinha do Antigo Testamento das sinagogas, eram lições ensinadas na Igreja (Lc 4.16-22).
4.      Revelação: Talvez signifique o exercício do dom de profecia.
5.      Interpretação e línguas em que Paulo da às regras:

Regras de línguas
*     Somente dois ou três devem falar, e um de cada vez (27). Isto mostra que não existe um mover incontrolável, que, eu estou tão cheio do Espírito que preciso falar em línguas, mas existe uma ordem.
*     Deve haver interprete (27), pois se não houver, fique calado na Igreja, orando consigo mesmo e com Deus.
*     Com relação às mulheres, elas não falam (34).
*     Não devemos proibir o falar em línguas (39), porém, para aquela época e não nos dias de hoje, a não ser em um caso extremo em que haja necessidade de um milagre de línguas

       Regras de profecias

*     Não mais que dois ou três falando (29), isto mostra que a profecia não é algo extático tipo “meu servo eis que te digo”, mas sim algo com ordem e decência, para a edificação do corpo. Lembrando do propósito da profecia que Paulo disse em 14.3 que é para a edificação, exortação e consolo. A profecia é para toda a Igreja “para todos aprenderem e serem consolados” (31).
Assim, “a congregação dessa maneira aprenderia mais, tendo os pregadores a sua oportunidade; e os pregadores igualmente aprenderiam mais, ouvindo a outros[2]”.
*     Ela deve ser julgada cuidadosamente (29).
*     A profecia é sujeita ao profeta, não a emocionalismo. (32)
*     Como nas línguas, mulheres não profetizam (33-36).
*     Deve ser buscada com dedicação (39).

E algo importantíssimo é que Tudo, deve ser feito com decência e ordem (40).


  6          CONCLUSÃO

            Concluímos que línguas não são um sinal do batismo do Espírito Santo e que os dons foram dados para a edificação do corpo.
            Concluímos dizendo que o dom de línguas teve seu papel importante no inicio da igreja, trazendo edificação para a mesma quando usada de maneira correta, porém seu principal papel foi de sinalizar juízo para Israel, e teve o ápice do seu cumprimento no ano 70 d.C .
Afirmar que o dom de línguas cessou é muito forte, pois a Bíblia não diz isto claramente, porém ele continua sendo um sinal para incrédulos, sinalizando juízo (14.22).
            Porém nos dias de hoje ela pode se manifestar em um trabalho missionário como um sinal para incrédulo, mais de maneira passageira e não permanente, pois ela vem para dar sinal de juízo, e se elas vierem, continuará tendo que ser usado à maneira bíblica, que no máximo duas ou três pessoas falando com interprete (I Co 14.27,28).


[1] MORRIS, Leon. I Coríntios. Introdução e comentário. São Paulo. Mundo Cristão, 1983. p. 160.
[2] CHAMPLIN, Russell Norman. O Novo Testamento interpretado, versículo por versículo,. 4 vols: São Paulo: Milenium, 1982. p 228.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

UMA BENÇÃO CHAMADA SOFRIMENTO - Jó 42.1-6

                      "Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem". Jó 42.5

Foi concebido ao Dr. Paul Brand uma enorme verba para estudar sobre a dor, e ele diz “Devemos ser agradecidos pela invenção da dor, Deus fez o melhor. É maravilhoso”, pois “se um órgão tem a necessidade de informar o cérebro da existência de um perigo, ele avisa com a dor”. Um grande exemplo é se alguém tem uma pedrinha no rim, a dor avisa que algo esta errado. Ela é uma estrutura de comunicação.

A dor portando não é um grande erro de Deus, é uma dádiva que ninguém deseja. O mal necessário. Sem ela nossas vidas estariam em perigo e prestes a sofrer decadência.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

O DOM DE LÍNGUAS - Parte 8 - I Coríntios 14.20-25

 Davi Helon de Andrade



3          AS LÍNGUAS SÃO SINAL PARA OS INCRÉDULOS E NÃO PARA OS CRISTÃOS (20-25)

            “Irmãos, não sejais meninos no juízo; na malícia, sim, sede crianças; quanto ao juízo, sede homens amadurecidos Na lei está escrito: Falarei a este povo por homens de outras línguas e por lábios de outros povos, e nem assim me ouvirão, diz o Senhor. De sorte que as línguas constituem um sinal não para os crentes, mas para os incrédulos; mas a profecia não é para os incrédulos, e sim para os que crêem.”.


A         Paulo exorta os de Corinto a se tornarem maduros. (14.20).

            Talvez este seja o ponto central do capítulo, Paulo deixa claro que o propósito das línguas é ser um sinal para incrédulo.
            Ele começa exortando os crentes de Corinto a não serem meninos, pois, assim como criancinhas gostam de exibir seus brinquedinhos, assim os crentes de Corinto gostavam de exibir os dons espirituais, por motivos de ostentação.
            Paulo os exorta a se tornarem maduros, a terem uma capacidade intelectual amadurecida, pois uma criança não tem seu intelecto amadurecido.


sábado, 15 de outubro de 2011

O DOM DE LÍNGUAS - Parte 7 - I Coríntios 14.6-19

Davi Helon de Andrade


2          LINGUAS SÃO INUTEIS SE NÃO TIVEREM INTERPRETAÇÃO (I Co 14.6-19)


Paulo também dizia que não havia proveito algum ele falar em línguas enquanto estivesse com a Igreja de Corinto.

Agora, porém, irmãos, se eu for ter convosco falando em outras línguas, em que vos aproveitarei, se vos não falar por meio de revelação, ou de ciência, ou de profecia, ou de doutrina?” I Co 14.6.

            O critério de Paulo continua na edificação, pois a inferioridade das línguas é manifesta, pois este dom não da dá proveito aos ouvintes. Mas os que dão proveito são: revelação, ciência, profecia e doutrinamento. Todos estes estão ligados à inteligência e não algo extático (14.29,31-33).

A         Línguas na Igreja sem interprete é como um instrumento tocado sem notas (7-9a)

Paulo usa a ilustração de um instrumento musical para dizer a respeito do dom de língua:

Da mesma sorte, se as coisas inanimadas que fazem som, seja flauta, seja cítara, não formarem sons distintos, como se conhecerá o que se toca com a flauta ou com a cítara? Porque, se a trombeta der sonido incerto, quem se preparará para a batalha?” I Co 14.7-8

Assim como o instrumento musical nada transmite aos seus ouvintes a menos que seja tocado com um propósito inteligente, assim é falar em língua na Igreja, Paulo, o Apostolo dos gentios diz que não há proveito, se a língua não disser palavras compreensíveis.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

O DOM DE LÍNGUAS - Parte 6 - I Coríntios 14.1-5


Davi Helon de Andrade


         O DOM DE PROFECIA É SUPERIOR AO DE LÍNGUAS (I Co 14.1-5)

Paulo trata nestes cinco primeiro versículos sobre a superioridade da profecia sobre o dom de línguas, porém continuando o assunto do capitulo anterior, sobre o amor, os dons têm que ser procurados seguidos pelo amor, senão eles não tem valor algum (13.1-3). Pois os dons passarão, mas o amor jamais acaba (13.8).

A         A importância do amor

O verbo seguir (14.1) “diw,ketediokete que é um imperativo, presente ativo[1], é uma ordem que expressa “uma ação que não termina nunca[2]”.
O amor deve ser ação continua em nossa vida, é uma ordem, e os dons vêm em seguida dele, pois sem o amor, os dons não têm valor algum.
Temos que sempre lembrar que o propósito dos dons, sempre é a edificação do corpo, já que o verdadeiro amor não busca os seus interesses (13.5), mas os tais que se diziam espirituais em Corinto estavam buscando a edificação deles próprio e não a da Igreja toda quando oravam em línguas sozinhos.

B         A superioridade da profecia

Como eles estavam edificando a si próprios e não a Igreja, e não sendo com amor visando o todo, Paulo argumenta dizendo:

Pois quem fala em outra língua não fala a homens, senão a Deus, visto que ninguém o entende, e em espírito fala mistérios. Mas o que profetiza fala aos homens, edificando, exortando e consolando. O que fala em outra língua a si mesmo se edifica, mas o que profetiza edifica a igreja”. 2-4
           
            Algo temos que explicar aqui
            Como já vimos o texto no original não fala línguas “estranhas” como à tradução para o português que a Bíblia “Almeida Revista e Corrigida” coloca, nem mesmo a palavra “outra” encontra-se no original.
            Vejamos o versículo no original:
           
ga.r lalw/n glw,ssh| ouvk avnqrw,poij lalei/ avlla. qew/|\ ouvdei.j ga.r avkou,ei( pneu,mati de. lalei/ musth,ria\ (grifo meu)

            A palavra estranho em grego é avllotri,wn”, observem que não existe.
            A palavra outra em grego é  a;lloj”, observem que ela não existe no original.
O correto seria:

            O que fala em/numa língua não fala a homens...
           
            Paulo então diz que:
Aquele que fala numa língua, fala com Deus, não é entendido pela Igreja, pois fala em mistério e a si mesmo se edifica.
Paulo esta dizendo aqui que a aplicação do dom esta sendo de maneira errada, pois, esta edificando a si próprio e não a Igreja, sendo que o propósito dos dons é a edificação do corpo, é por isto que o apostolo pede para que sigamos o amor no versículo um, pois o amor lança fora os nossos interesses.
Paulo diz que aquele que ora em língua a si mesmo se edifica e não o corpo como dever ser.
Porém, aquele que profetiza fala a Igreja, edifica a Igreja, visando o propósito dos dons, que é a edificação da Igreja.
Paulo aqui esta batendo no principio básico da edificação da Igreja, por isso a profecia deve ser mais desejável que as línguas, pois a profecia é falada na língua materna dos ouvintes. É falada de um jeito que todos na congregação entendam, a profecia edifica exorta e consola.
Paulo deixa claro que o entendimento é necessário para a edificação da Igreja (14.5), pois se houver línguas, tem que haver interprete para que a igreja seja edificada.


C         E quanto ao orar em línguas em particular?  (14.4)

Será que na mente de Paulo, ele esta ensinando a todos que têm o dom a orarem em particular?
A resposta é não. Paulo não esta ensinando neste contexto a oração em língua em particular para a edificação no seu tempo devocional, mas que quando alguém esta na Igreja orando em línguas sem interprete, somente Deus entende e o povo não, sendo que o foco é a edificação do corpo, se também lermos todo o contexto desde o capítulo 11 até o 14 vemos que Paulo esta falando da igreja reunida.


D         Que tipo de profecias são estas?

Temos que entender que aqui o apostolo não esta defendendo profecias no sentido de um crente receber uma mensagem direta de Deus e transmitir a outros.  Hoje não há mais profetas no sentido daqueles profetas primeiros, que se tornaram o fundamento da igreja (Ef 2:20), ou seja, instrumentos da revelação divina. O cânon da Escritura já está fechado.
O dom de profecia é expor a verdade revelada de Deus conforme está registrada nas Sagradas Escrituras. Pois o próprio apostolo escrevendo para Timóteo mais tarde fala da suficiência das Escrituras:

Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça”.

      Até o próximo post
            


[1] O tempo presente no grego expressa  um aspecto durativo.
[2] MORRIS, Leon. I Coríntios. Introdução e comentário. São Paulo. Mundo Cristão, 1983. p. 153.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

COMO EDUCAR SEUS FILHOS SEGUNDO A BÍBLIA


Este não é um livro sobre psicologia infantil. É diferente das propostas pragmáticas que receitam fórmulas prontas para a educação dos filhos e a vida familiar. O autor não propõe um novo método. Seu objetivo é apresentar os princípios bíblicos sobre a educação da forma mais clara possível e ajudar a tornar claros os deveres de pais e mães conscientes de suas responsabilidades perante Deus. Poderão evitar as tendências que a sociedade secular apresenta e educar seus filhos no caminho que honre a Cristo, em qualquer cultura e sob quaisquer circunstâncias.
"Estou convencido de que, entendendo e aplicando os princípios simples e diretos que as Escrituras apresentam, pais e mães cristãos poderão passar ao largo das tendências da sociedade secular e educar seus filhos de um modo que honre a Cristo, em qualquer cultura e sob quaisquer circunstâncias."
John MacArthur
John MacArthur, Jr. é conhecido por suas exposições da Palavra de Deus e por sua preocupação em dirigir o ensino da Escritura aos problemas que o povo de Deus enfrenta hoje. Sua dedicação a restaurar a teologia bíblica em nossos dias lhe conquistou o respeito dos líderes e dos crentes em geral.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

O DOM DE LÍNGUAS - Parte 5 - I Coríntios 14, Introdução


Davi Helon de Andrade


O objetivo aqui é poder mostrar o contexto da carta, como estavam sendo faladas a línguas na Igreja de Corinto e a correção de Paulo.

CONTEXTO DA CARTA

Paulo esclarece em 16.8, que escreveu esta carta quando estava em Éfeso durante sua terceira viagem missionária (53-57 d.C). Tendo em vista que o apostolo ficou em Éfeso por mais de dois anos (At 19.8,10), I Coríntios foi escrito em torno de 55 d.C[1].
Paulo visava responder a alguns problemas específicos da Igreja, (1.11; 5.1; 11.18).
As respostas de Paulo aparecem ao longo da carta pelo: Peri. de.  “a cerca de” ou “a respeito de”, pelo menos seis vezes. (7.1 casamento; 7.25 celibato; 8.1 carne oferecida a ídolos; 12.1 dons ou espirituais; 16.1 coletas aos pobres; 16.12 sobre Apolo).
Provavelmente além dos avisos que ele recebeu dos da casa de Cloé sobre as divisões na Igreja (1.11), um grupo de dissidentes também escreveu uma carta (7.1) informando os problemas para Paulo, pois eles estavam inconformados com a arrogância dos que se diziam espirituais (12.1).
Para alguns da Igreja de Corinto a espiritualidade estava mais ligada a alguns tipos de dons do que com a santidade.
Quem eram estes?
Alguns que se achavam os “espirituais”. Vemos alguns indícios na carta sobre ele:

Eu, porém, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, e sim como a carnais, como a crianças em Cristo”. I Co 3.1

Paulo pede que estes prováveis dissidentes não sejam ignorantes quanto “aos espirituais”.

            A respeito dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes”. (12.1)

Ao observarmos este versículo no original grego, não existe a Palavra “dom”:
Versículo em grego:

Peri. de. tw/n pneumatikw/n( avdelfoi,( ouv qe,lw u`ma/j avgnoei/na

A palavra usada para dom éca,risma Charisma observem que não existe esta palavra no original.
Desta forma o versículo seria assim:

            A respeito dos espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes”.

Se seguirmos a lógica do texto, veremos que ele esta falando não dos dons, mas a respeito daqueles que dizem que são espirituais por causa do dom, e em seus êxtases e transes, até maldições lançaram contra Jesus.

Por isso, vos faço compreender que ninguém que fala pelo Espírito de Deus afirma: Anátema, Jesus! Por outro lado, ninguém pode dizer: Senhor Jesus!, senão pelo Espírito Santo”. 12.3.

Paulo em 14.37 também faz menção destes que se dizem espirituais:

Se alguém se considera profeta ou espiritual, reconheça ser mandamento do Senhor o que vos escrevo”.

Ele pede para que os que se dizem espirituais juntamente com os que se dizem profeta, se submetam a palavra dele, que é palavra apostólica, mandamento de Cristo, escrito e inspirado.
Estes espirituais em Corinto, provavelmente são aqueles que supervalorizavam o falar em línguas.
E este falar em línguas supervalorizado, pode ter sido influencia do paganismo greco-romano na Igreja de Corinto:
            John Mac’Arthur Jr diz:

“o mundo greco-romano tinha vários deuses, e em suas adorações a estes deuses, era muito comum uma pessoa entrar em êxtase, que literalmente significa “sair de você mesmo”. Eles entravam em um estado de inconsciência onde todos os tipos de fenômenos psicológico acontecia. Eles acreditavam que quando eles estavam em um transe estático, eles deixavam seus corpos, ascendiam no espaço, conectavam com a deidade que eram adorados e podiam se comunicar com estes deuses. Uma vez que eles se comunicavam com os deuses, eles podiam começar a falar a língua dos deuses.[2]

Este tipo de “espiritualidade” estava infiltrando na Igreja de Corinto, e os que falavam em língua achavam que tinha uma comunicação maior com Deus e uma espiritualidade maior, porém, provavelmente alguns destes que estavam entrando em “transe,” chegavam até a dizer blasfemais com respeito a Jesus:

Por isso, vos faço compreender que ninguém que fala pelo Espírito de Deus afirma: Anátema, Jesus! Por outro lado, ninguém pode dizer: Senhor Jesus!, senão pelo Espírito Santo”. (12.2)

Paulo estava preocupado com as inquietantes irregularidades na conduta dos crentes de Corinto e com a tendência da parte de alguns membros de tornar a ruptura com a sociedade pagã tão indefinida quanto possível... A igreja estava no mundo, como tinha de estar, mas o mundo estava na Igreja, como não devia estar. Exemplo do mundo estar dentro da Igreja é que alguns irmãos estavam tanto valorizando alguns dons que a santidade tinha sido deixado de lado, aponto que a igreja estava com problemas de divisão, moral e doutrinário.       
            Paulo precisava colocar ordem na Igreja e por isto escreveu esta carta.
            Leon Morris explica de maneira clara o propósito de Paulo ao Escrever esta carta:

            “O propósito de Paulo, então em escrever esta epistola, é primeiramente endireitar desordens que os Coríntios encaravam superficialmente, mas que ele considerava graves pecados. Em segundo lugar escreveu para responder questões que lhe levantaram. Em terceiro lugar escreveu para ministrar algum ensino doutrinário, particularmente sobre a ressurreição[3]”.
           
Com respeito às línguas, qual foi à resposta de Paulo?

            Até o próximo post


[1] Bíblia de Estudo de Genebra. São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999. p. 1345.
 [2] Ver. MAC’ARTHUR, John. Speaking in tongues. The truth about the tongues. Part 1. www.biblebb.com/files/MAC/sg1871.htm
[3] MORRIS, Leon. I Coríntios. Introdução e comentário. São Paulo. Mundo Cristão, 1983. p. 21.