sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

O QUE DEVO TRAZER A MEMÓRIA?


Minha alma, continuamente, os recorda e se abate dentro de mim. Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. As misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade. A minha porção é o SENHOR, diz a minha alma; portanto, esperarei nele. Bom é o SENHOR para os que esperam por ele, para a alma que o busca. Bom é aguardar a salvação do SENHOR, e isso, em silêncio. Bom é para o homem suportar o jugo na sua mocidade. Assente-se solitário e fique em silêncio; porquanto esse jugo Deus pôs sobre ele; ponha a boca no pó; talvez ainda haja esperança. Dê a face ao que o fere; farte-se de afronta. O Senhor não rejeitará para sempre” Lamentações 3.21-31



            O que devemos ter em mente para este novo ano? Muitos começam a virada com muita alegria e juramentos, mas nada muda.
            Para muitos a virada é sempre mais uma virada e nada a mais.
            Há pessoas que depois de tanto tempo de sofrimento ou de dificuldades, que acabam não tendo mais esperança e ficam duras ou acostumadas com a desesperança e não conseguem ilhar além.
            Jeremias também esteve assim. Ele estava oprimido, aflito, cansado, não só ele, mas toda a nação de Judá.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

DECEPCIONADOS COM A IGREJA

Venho pensando nos últimos dias sobre aqueles que estão decepcionados com a Igreja. Ao mesmo tempo em que vemos um crescimento no cenário evangélico brasileiro também vemos o número de decepcionados aumentarem. Muito estão feridos a ponto de não quererem nem ouvir o nome igreja evangélica ou a placa de determinada denominação, há também aqueles que por desculpas para fugir da igreja se diz ferido por qualquer coisa. Mas é fato que muitos estão feridos e decepcionados com a igreja. Quantos se doaram ou doaram para Igreja e foram chutados de alguma maneira. Quantos filhos de pastores choram ao verem seus pais sofrendo no ministério, quantas esposas de pastores estão decepcionadas e cansadas de viverem um estereotipo que não são na verdade, quantos pastores estão sofrendo após serem escorraçados de suas igrejas e muitas vezes nem tendo para onde irem; sendo que são teólogos, mas não tem um titulo reconhecido pelo MEC. Quantos que tinham determinado pastor como um ícone e quando veem suas fraquezas também se decepcionam, pois o pastor não é um superman, e muitos destes também se decepcionam.
Muitos, pelas suas decepções, acabam abandonando a igreja de Cristo, porém outros montam seus ministérios e se intitulam os lideres que assim eles sejam os chefes, para não sofrerem mais.
       Quando penso nestas decepções, penso em dois homens da Bíblia que também sofreram grandes decepções pela igreja de Cristo, mas que tinham o foco correto.
            Primeiramente penso em Moisés, talvez o maior líder do Antigo Testamento, foi usado pelo Senhor para ser o libertador do povo escolhido de Deus do Egito, por meio de Moisés, Deus fez maravilhas como:  mandando as dez pragas no Egito, abrindo o mar vermelho, dando agua e o maná no deserto, porém o povo ainda se revoltou contra Moisés. Mais de uma vez, este mesmo povo tentou apedreja-lo, ele foi motivo de fofoca para seus irmãos no entanto, foi alguém que intercedeu pelo seu povo a ponto de pedir para Deus riscar seu nome do livro da vida. Moisés foi um grande Líder, tinha tudo para se decepcionar com o povo de Deus, e com o seu chamado, mas vejamos o que a Palavra de Deus diz sobre ele:
24 Pela fé, Moisés, quando já homem feito, recusou ser chamado filho da filha de Faraó,  25 preferindo ser maltratado junto com o povo de Deus a usufruir prazeres transitórios do pecado;  26 porquanto considerou o opróbrio de Cristo por maiores riquezas do que os tesouros do Egito, porque contemplava o galardão”. Hebreus 11.24-26
Moisés foi alguém que abriu mão de toda sua glória, preferiu ser maltratado, do que usufruir dos prazeres do Egito, ele preferia a vergonha, injuria, opróbrio de Cristo, maior riqueza, Moisés, tinha os olhos na eternidade e Cristo era quem o satisfazia.
Também penso no apostolo Paulo, de perseguidor da igreja a apóstolo dos gentios, não foi aceito na igreja de Jerusalém, plantou igrejas que depois o questionaram, foi apedrejado, açoitado, tinha um espinho na carne. Terminou sua vida praticamente sozinho, mas ele tinha os olhos em Cristo, vejamos o que ele disse;
Quanto a mim, estou sendo já oferecido por libação, e o tempo da minha partida é chegado.  7 Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé.  8 Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda.” II Timóteo 4.6-8.
Paulo era um homem que tinha os olhos em um prêmio muito maior, a coroa da justiça. Ele apesar de sozinho e saber que seria morto, ele olha para trás e vê que completou a carreira para a qual o Senhor o chamou e que guardou a fé.
Poderíamos falar de muitos outros que sofreram por causa da igreja, mas que mantiveram seus olhos fixos em um premio maior, no autor e consumador da nossa fé, Jesus Cristo.
Sofrimentos, calúnias, decepções, espinhos, sempre estarão nos nossos caminhos se desejarmos servir tão somente a Deus, assim como aconteceu com Moises e Paulo. Muitas vezes virão de dentro das igrejas, assim como foi com eles. Mas temos que manter nossos olhos em Cristo, assim como também fizeram, e sabermos que nosso coroa que esta reservada é muito maior e melhor do que qualquer premio aqui neste mundo.
Igreja é divina, uma instituição criada por Deus, e que tem Cristo como cabeça, mas tem falhas, pois dentro dela está cheia de homens. Quando penso em igreja, penso na história dos porcos espinhos.
Durante a era glacial, muitos animais morriam por causa do frio.
Os porcos espinhos, percebendo esta situação, resolveram se juntar em grupos, assim se agasalhariam e se protegeriam mutuamente.
Mas os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que forneciam calor. E, por isso, eles tornaram a se afastar uns dos outros, voltando assim a morrer congelados.
Precisavam fazer uma escolha urgentemente. Desapareceriam também da face da terra morrendo todos congelados, ou aceitavam os espinhos de seus semelhantes?
Com sabedoria, decidiram voltar e ficar juntos. Aprenderam assim, a conviver com as pequenas feridas que uma relação muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor um do outro.
Sobreviveram...

E lembrem-se disso, O melhor relacionamento não é aquele que reúne membros perfeitos, mas aquele onde cada um aceita os defeitos do outro e consegue perdão pelos próprios defeitos.

            No amor e pela causa de Cristo

Davi Helon de Andrade