Venho pensando nos últimos dias sobre aqueles que
estão decepcionados com a Igreja. Ao mesmo tempo em que vemos um crescimento no
cenário evangélico brasileiro também vemos o número de decepcionados aumentarem.
Muito estão feridos a ponto de não quererem nem ouvir o nome igreja evangélica
ou a placa de determinada denominação, há também aqueles que por desculpas para
fugir da igreja se diz ferido por qualquer coisa. Mas é fato que muitos estão
feridos e decepcionados com a igreja. Quantos se doaram ou doaram para Igreja e
foram chutados de alguma maneira. Quantos filhos de pastores choram ao verem
seus pais sofrendo no ministério, quantas esposas de pastores estão
decepcionadas e cansadas de viverem um estereotipo que não são na verdade,
quantos pastores estão sofrendo após serem escorraçados de suas igrejas e
muitas vezes nem tendo para onde irem; sendo que são teólogos, mas não tem um
titulo reconhecido pelo MEC. Quantos que tinham determinado pastor como um
ícone e quando veem suas fraquezas também se decepcionam, pois o pastor não é
um superman, e muitos destes também se decepcionam.
Muitos, pelas suas decepções, acabam abandonando
a igreja de Cristo, porém outros montam seus ministérios e se intitulam os lideres
que assim eles sejam os chefes, para não sofrerem mais.
Quando penso nestas decepções, penso
em dois homens da Bíblia que também sofreram grandes decepções pela igreja de
Cristo, mas que tinham o foco correto.
Primeiramente penso em Moisés,
talvez o maior líder do Antigo Testamento, foi usado pelo Senhor para ser o
libertador do povo escolhido de Deus do Egito, por meio de Moisés, Deus fez
maravilhas como: mandando as dez pragas
no Egito, abrindo o mar vermelho, dando agua e o maná no deserto, porém o povo ainda
se revoltou contra Moisés. Mais de uma vez, este mesmo povo tentou apedreja-lo,
ele foi motivo de fofoca para seus irmãos no entanto, foi alguém que intercedeu
pelo seu povo a ponto de pedir para Deus riscar seu nome do livro da vida.
Moisés foi um grande Líder, tinha tudo para se decepcionar com o povo de Deus, e
com o seu chamado, mas vejamos o que a Palavra de Deus diz sobre ele:
“24
Pela fé, Moisés, quando já homem feito, recusou ser chamado filho da filha de
Faraó, 25 preferindo ser
maltratado junto com o povo de Deus a usufruir prazeres transitórios do
pecado; 26 porquanto
considerou o opróbrio de Cristo por maiores riquezas do que os tesouros do
Egito, porque contemplava o galardão”. Hebreus 11.24-26
Moisés foi alguém que abriu mão de toda
sua glória, preferiu ser maltratado, do que usufruir dos prazeres do Egito, ele
preferia a vergonha, injuria, opróbrio de Cristo, maior riqueza, Moisés, tinha
os olhos na eternidade e Cristo era quem o satisfazia.
Também penso no apostolo Paulo, de
perseguidor da igreja a apóstolo dos gentios, não foi aceito na igreja de
Jerusalém, plantou igrejas que depois o questionaram, foi apedrejado, açoitado,
tinha um espinho na carne. Terminou sua vida praticamente sozinho, mas ele
tinha os olhos em Cristo, vejamos o que ele disse;
“Quanto
a mim, estou sendo já oferecido por libação, e o tempo da minha partida é
chegado. 7 Combati o bom
combate, completei a carreira, guardei a fé.
8 Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o
Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos
quantos amam a sua vinda.” II Timóteo 4.6-8.
Paulo era um homem que tinha os olhos em
um prêmio muito maior, a coroa da justiça. Ele apesar de sozinho e saber que
seria morto, ele olha para trás e vê que completou a carreira para a qual o
Senhor o chamou e que guardou a fé.
Poderíamos falar de muitos outros que
sofreram por causa da igreja, mas que mantiveram seus olhos fixos em um premio
maior, no autor e consumador da nossa fé, Jesus Cristo.
Sofrimentos, calúnias, decepções,
espinhos, sempre estarão nos nossos caminhos se desejarmos servir tão somente a
Deus, assim como aconteceu com Moises e Paulo. Muitas vezes virão de dentro das
igrejas, assim como foi com eles. Mas temos que manter nossos olhos em Cristo,
assim como também fizeram, e sabermos que nosso coroa que esta reservada é
muito maior e melhor do que qualquer premio aqui neste mundo.
Igreja é divina, uma instituição criada
por Deus, e que tem Cristo como cabeça, mas tem falhas, pois dentro dela está
cheia de homens. Quando penso em igreja, penso na história dos porcos espinhos.
Durante a era glacial, muitos animais
morriam por causa do frio.
Os porcos espinhos, percebendo esta
situação, resolveram se juntar em grupos, assim se agasalhariam e se
protegeriam mutuamente.
Mas os espinhos de cada um feriam os
companheiros mais próximos, justamente os que forneciam calor. E, por isso,
eles tornaram a se afastar uns dos outros, voltando assim a morrer congelados.
Precisavam fazer uma escolha
urgentemente. Desapareceriam também da face da terra morrendo todos congelados,
ou aceitavam os espinhos de seus semelhantes?
Com sabedoria, decidiram voltar e ficar
juntos. Aprenderam assim, a conviver com as pequenas feridas que uma relação
muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor um do outro.
Sobreviveram...
E lembrem-se disso, O melhor
relacionamento não é aquele que reúne membros perfeitos, mas aquele onde cada
um aceita os defeitos do outro e consegue perdão pelos próprios defeitos.
No amor e pela causa de Cristo
Amém!
ResponderExcluirQueridos leitores;
ResponderExcluirA motivação deste post não é que estou decepcionado com a igreja, ela é divina e a amo muito, mas sim de muitos que estão decepcionados com situações dentro da igreja. Quando citei Moisés e Paulo, não disse que eles estavam decepcionados com a Igreja, mas sim homens que apesar da lutas que enfrentaram no meio do povo de Deus, eles não se decepcionaram e olharam para algo muito maior. O objetivo deste post foi motivar e ajudar aqueles que estão triste e mostrando o exemplo de Moisés e Paulo.
No amor e pela causa de Cristo.
Davi Helon